quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Até onde o doping pode prejudicar o ciclismo


Pela segunda vez o mundo do ciclismo viu um campeão do Tour de France ser acusado de usar drogas estimulantes para aumentar o seu desempenho. O exame antidoping do espanhol Alberto Contador indicou uma pequena parcela de clembuterol em sua urina, o que colocou em xeque a credibilidade da sua vitória deste ano e provocou a sua suspensão provisória.

O clembuterol é um medicamento utilizado no mundo todo como broncodilatador e descongestionante para tratamento de doenças como a asma, mas se tornou muito popular no mundo dos esportes por ter propriedades semelhantes a adrenalina e, por isso, foi proibida pela Agência Mundial Antidopagem (WADA). O tricampeão alega que a substância detectada pode ter sido resultado de uma simples contaminação alimentar.

Em 2006, o norte-americano Floyd Landis perdeu o título da competição francesa por ter sido reprovado no teste e, apesar do controle rígido, os casos de doping de ciclistas não param de surgir na mídia. Isto afasta os patrocinadores e mancha a reputação do ciclismo. “Estes escândalos não fazem nada bem ao esporte e também para os patrocinadores, que não desejam fazer parte de algo ruim”, declarou Francis Lafargue, chefe de comunicação da equipe Caisse d’Empargne, para a Reuters.

Felizmente estes casos envolvendo alguns atletas profissionais não representam a maior parte do ciclismo praticado por milhões de pessoas ao redor do mundo. Todo ciclista conhece bem as boas coisas e os benefícios que o esporte proporciona, tais como a sensação de bem estar, a liberdade, a saúde física e psicológica e a descoberta que cultiva tantos apaixonados, que dispensam o uso desse tipo de substâncias para se sobressair.

Enquanto a UCI (União Ciclística Internacional) não decide sobre a comprovação ou não do doping do espanhol, a carreira de Contador, bem como o ciclismo em geral, ficará marcada pelo episódio.

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